Geralmente, demora um pouco para entendermos o porquê de as coisas darem errado. É difícil aceitar que tudo simplesmente saiu do controle e nada caminha como planejado. É difícil entender, é difícil aceitar e é difícil lidar com isso. Olhar para alguma situação que causa aflição nos dá duas alternativas: paralisar ou tentar alguma reação.
Mas o que seria, afinal, essa coisa de “deu tudo errado”? Eu tenho sido levada a mudar a forma como olho para as coisas! É estranho, mas é necessário entender que algumas coisas aparentemente ruins acontecem por uma finalidade que vai além da nossa limitada imaginação. Vai um exemplo:
As vezes é necessário que chova muito, e as vezes quando a necessidade de chuva vem, a gente não tem guarda-chuva para se proteger e as vezes a gente tá fora de casa, ou seja, duplamente desprotegid@s. Essas coisas acontecem. Mas não é por causa da nossa falta de proteção que a chuva vai deixar de acontecer. Se assim fosse, nunca cairia água, já que todos os dias alguém esquece ou não tem nada para se proteger. A questão é: já que a chuva está aí, o que fazer sabendo que será preciso se molhar, pelo menos um pouco?
É nessa hora que precisamos nos lembrar que não estamos a sós nesse mundão. A chuva pode parecer ruim do ponto de vista de alguém que vai ter que se molhar, mas têm dias que as tempestades vêm para aprendermos a dividir o guarda-chuva, para caminharmos juntos, para entendermos que precisamos do outro e que o mundo está cheio de gente que precisa de gente. Terão dias em que eu serei a pessoa necessitada de uma caroninha no guarda-chuva para continuar seguindo meu caminho – como aconteceu recentemente -, e terão outros em que eu serei a pessoa que precisará estar atenta para ver quem é que precisa de uma ajudinha para não ficar parado no meio do caminho.
Enfim, no final é uma questão de perspectiva, tentar olhar as coisas de maneira um pouco diferente do comum. Existirão os dias que parecem ruins e errados, mas também existirá a possibilidade de ressignificar o que parece fora do controle. Em todo caso, seja qual for a situação, seja a pessoa que cede ou que aceita ajuda por entender que sozinh@ ninguém vai para lugar nenhum. É um processo de se permitir enxergar que nem tudo é tão ruim quanto parece ser.
Abraços c:
Para tudo há uma ocasião certa; há um tempo certo para cada propósito debaixo do céu.
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