O meu desafio diário tem sido o de caminhar dando pequenos passos e, para quem sofre com a ansiedade e costuma manter os olhos fixos no que o fim promete, é um desafio um tanto penoso. Todavia, essa tortura de caminhar com lentidão tem me revelado algumas verdades que a pressa não me permitia enxergar, verdades sobre mim mesma. A principal delas: a importância dos processos.
É fato que eu estou caminhando. Porém, para onde? Por que? Por qual objetivo? Foram esses questionamentos que me fizeram desacelerar. Respondê-los tem me custado paciência. No entanto, a cada resposta obtida, mais nitidez tenho tido a respeito da minha própria imagem e do horizonte que tod@s enxergamos. E por mais simples que pareça ser as mudanças que estão ocorrendo em mim, tenho aprendido a dar o valor que elas merecem, pois não se tem uma árvore com seus devidos frutos sem antes se ter uma semente e, logo, um broto. Tenho entendido quão importante é comemorar cada novo crescimento, por mais sutil que seja.
Eu anseio chegar com rapidez no amadurecimento. Amadurecimento do meu ser, dos meus relacionamentos, dos meus sonhos e planos, porém a necessidade de compreender que é tempo de, primeiro, limpar e cuidar de algo pequeno para depois poder enxergar o resultado disso tudo me acalma. Ao mesmo tempo que se apresenta como um trabalho árduo, uma limpeza detalhada e paciente traz paz. Plantar, regar, cultivar e, enfim, ver algo nascendo e se fortalecendo me leva a fazer uma festa a cada novo nascimento. Por isso, não despreze os pequenos começos, eles são tão importantes – se não mais importantes – quanto o resultado final. E não se esqueça: uma hora floresce!
0 Comentários