Naquele dia eu e o clima nos assemelhamos. Estive por muito tempo guardando pequenas aflições, insistindo em uma força que eu sabia não ter. Todavia, em certo momento da noite eu tive de desabar. Expor a minha fraqueza. Tive de dar voz a um choro reprimido. Eu e a noite choramos juntas e juntas, também, trouxemos leveza. Ela para o ar e eu para o meu ser. Regamos um solo árido e, então, descansamos.
Ao amanhecer, duas escuridões haviam se despedido e o sol, em conjunto com a dança e canto dos pássaros, me trouxeram nova esperança. Nascemos novamente, eu e a luz da manhã, com serenidade. E em observação a esse nascimento, pude acalentar o meu coração com a dedução de que se há uma alegria que motive pássaros a continuarem cantando e dançando todas as manhãs em comemoração por algo e gratidão a Alguém, logo há uma alegria que eu também possa puxar para uma dança e, quem sabe, para um dueto.
[Foto: Gilton Lopes Nascimento]
Eu nunca consigo ler, somente o texto fresco do dia em que posta, faço sempre uma viagem nos textos que já li, e outros que não tinha lido ainda.
É todos identificados com algunha situação pessoais minha.
É um acalanto pro coração.
Obrigada por isso 😏😍